NUEZA - poema de Auridéa Moraes

 


NUEZA          

(parafraseando Franciorlys ViannZa)

Oh vontade
De acordar nua em pelo
Nua de fato
De gramática e de acentos
Só vestida do ato que me despiu
 
Oh vontade
De acordar nua e sem juízo
Nua de cetim e de seda
De cálices e rotas
Farta de teu verbo
E conjugada de açoites
 
Oh vontade
De acordar nua e sem diadema
Nua de coroa e adorno
De pare e de chega
E ainda no cio
 
Oh vontade
De ser nua de algo imune
De tréguas e traços
Ser a conta da tua reza
E contar que o vício é a palavra
Para quem lê e para quem escreve.      


Auridéa Moraes - Auridea Moraes  é paraense, natural de Castanhal e reside em Marabá desde 2002. É membro da Associação dos Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP) e membro fundador da Academia de Letras de Rondon do Pará e região (ALERPRE)


Variações: revista de literatura contempôranea 

IV Edição
Edição de Marcos Samuel Costa
Abril de Vozes Amazônicas 
2021


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