DOIS POEMAS DE BRUNNO VIANNA
Brunno Vianna.
Fome de Mim
Tenho fome de mim
Da minha ausência no poema Retrato
Da minha presença
Em um Quintana declamado
Devoro minha literatura errante
Cada livro da estante
Tenho fome de mim
Mastigo cada vírgula doce
Instigo cada poema que você trouxe
Para ler no sarau
Meu desassossego, leitor, é pessoal
De pessoa para pessoa
Minha fome de Hamlet não é à toa
É fome de ser, fome do ser
Doce fome de mim.
Da minha presença
Em um Quintana declamado
Devoro minha literatura errante
Cada livro da estante
Tenho fome de mim
Mastigo cada vírgula doce
Instigo cada poema que você trouxe
Para ler no sarau
Meu desassossego, leitor, é pessoal
De pessoa para pessoa
Minha fome de Hamlet não é à toa
É fome de ser, fome do ser
Doce fome de mim.
Inércia das Coisas
O objetivo é pousar
Na imagem o tempo ideal
Mas a certeza é frágil demais
E a dúvida não cabe
Na inércia das coisas.
Na imagem o tempo ideal
Mas a certeza é frágil demais
E a dúvida não cabe
Na inércia das coisas.
Brunno Vianna nasceu e vive na capital do Rio de Janeiro. É historiador, venceu o Concurso Literário Machado de Assis (2008), o I CoNcUrSo de PoEsIA InStAnTâNeA do Sarau do Bar (2016), o VIII Concurso Internacional La Vida es Poesía (2016) e o Prêmio Polo Cultural de Multiartes na categoria Poesia (2022). Escreveu os livros Poesia, Cartas para a cidade, Caminhos de papel, Paisagens e Condomínio mínimo.
Variações: revista de literatura contemporânea
XII Edição - quilômetros de susto: poéticas do não
Edição de Bruno Pacífico, 2025.
Belos poemas!
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